Mark Dever
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Revisando, consideramos até agora entre as marcas que caracterizam uma
igreja saudável: a pregação expositiva, a teologia bíblica, uma
compreensão bíblica do evangelho e da conversão. Uma forma de mensurar o
quão importantes estas coisas são é considerar quais são as
conseqüências para as congregações que as perdem. Os sermões podem
facilmente tornar-se repetições de verdades há muito conhecidas. O
cristianismo pode tornar-se indistinguível da cultura secular
circunvizinha. O evangelho pode ser transformado em pouco mais do que
auto-ajuda espiritual. A conversão pode-se degenerar de um ato de Deus a
uma mera decisão humana. Mas tais congregações - com pregação
superficial, pensamento secular, e um evangelho egocêntrico que
encorajam pouco mais que uma única confissão verbal de Cristo
(freqüentemente distorcendo Romanos 10:9) - não têm como proclamar
adequadamente as tremendas novas da salvação em Cristo.
Para todos os membros de uma igreja, mas particularmente para os líderes
que têm o privilégio e a responsabilidade de ensinar, uma compreensão
bíblica do evangelismo é crucial. É evidente que a forma como alguém
compartilha o evangelho está intimamente ligada à forma como essa pessoa
entende o evangelho. Se sua mente foi moldada pela Bíblia quanto a Deus
e o evangelho, quanto à necessidade humana e a conversão, então um
entendimento correto sobre o evangelismo seguirá naturalmente. Nós
deveríamos estar mais preocupados em conhecer e ensinar o próprio
evangelho do que simplesmente tentar ensinar às pessoas métodos e
estratégias para compartilhá-lo.
Biblicamente, evangelismo é apresentar abertamente as boas novas
cofiando em Deus para converter as pessoas (veja Atos 16:14). "Ao SENHOR
pertence a salvação" (Jonas 2:9; cf. João 1:12-13). Qualquer tentativa
nossa de forçar nascimentos espirituais será tão efetiva quanto Ezequiel
tentando costurar os ossos secos, ou Nicodemos tentando dar à luz a si
mesmo. E o resultado será semelhante.
Se a conversão for entendida como apenas um compromisso sincero feito
uma única vez, então nós devemos conduzir todas as pessoas àquele ponto
de confissão verbal e de compromisso por todos os meios que pudermos
utilizar. Biblicamente, entretanto, ainda que seja correto importar-se,
conclamar, e persuadir, nosso principal dever é ser fiel à obrigação que
temos diante de Deus que é de apresentar as mesmas Boas Novas que Ele
nos deu. Deus produzirá conversões a partir da nossa apresentação destas
Boas Novas (veja João 1:13; Atos 18:9-10).
É encorajador como novos cristãos parecem freqüentemente ter uma
consciência inata da natureza graciosa da sua salvação. Provavelmente
você ouviu testemunhos, até mesmo nas últimas semanas ou meses, que o
lembram que a conversão é obra de Deus. “Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para
que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)
Se a membresia de uma igreja for visivelmente maior que sua frequência,
deve-se perguntar: Esta igreja tem uma compreensão bíblica da conversão?
Além disso, deveríamos perguntar que tipo de evangelismo foi praticado
que resultou em um número tão grande de pessoas não envolvidas na vida
da igreja, e ainda considerando-se seriamente a membresia deles como uma
boa evidência de salvação? A igreja contestou essa situação de alguma
forma, ou pareceu perdoar esta situação através de um conveniente
silêncio? Disciplina eclesiástica bíblica faz parte do evangelismo da
igreja.
Em meu próprio evangelismo, eu procuro transmitir três coisas às pessoas
sobre a decisão que eles têm que tomar sobre o Evangelho:
- primeiro, a decisão é custosa (por isso deve ser considerada cuidadosamente, veja Lucas 9:62);
- segundo, a decisão é urgente (por isso deve ser tomada, veja João 3:18, 36);
- terceiro, a decisão vale a pena (por isso deveria ser tomada, veja João 10:10).
Este é o equilíbrio que nós deveríamos nos esforçar para ter em nosso
evangelismo junto à nossa família e nossos amigos. Este é o equilíbrio
que nós deveríamos nos esforçar para ter em nosso evangelismo na igreja
como um todo. Há uma série de recursos impressos excelentes sobre
evangelismo.
Para considerar a conexão íntima entre a nossa compreensão do evangelho e
os métodos evangelísticos que usamos, recomendo o livro de Will
Metzger: Tell the Truth (Diga a Verdade) da Inter-Varsity Press, e os livros de Iain Murray: The Invitation System (O Sistema de Apelo) e Revival and Revivalism (Reavivamento e Reavivalismo) da Banner of Truth Trust.
Portanto, outra marca de uma igreja saudável é uma compreensão bíblica e
prática do evangelismo. O único verdadeiro crescimento é o crescimento
que vem de Deus.
Fonte: Bom Caminho Divulgação: Massoreticos
Me surpreendo cada vez mais com cada Marca. Isso mostra quão grande é a distância do tipo de Evangelho que é ensinado e pregado nas IREs (Instituições Religiosas Evangélicas) que não têm nada a ver com a Igreja de Cristo.
ResponderExcluirCompreendo que Deus nos capacitou com um grau de inteligência que se sobrepõe a todas as demais criaturas existentes no planeta terra e que esta capacidade deve ser utilizada no intuito de ganhar almas para Cristo, assim como Paulo que utilizou de todos os meios (legítimos) para, de alguma forma, pudesse alcançar o maior número de pessoas. Baseados nesta idéia, surgiram nos últimos anos as chamadas metodologias, que são estratégias utilizadas por algumas igrejas para a evangelização e crescimento da igreja local. O grande problema nestes métodos é que passam a ser considerados como uma fórmula mágica, criada pelo homem, para se alcançar o êxito. Pesados na balança, passam, aos olhos dos seus criadores e "copiadores", a exercer um peso que não possuem. Quem salva, cura e liberta o homem é a ação poderosa de Cristo Jesus conquistada na cruz do calvário e nenhuma estratégia ou metodologia pode ir além deste poder. A mensagem do evangelho é imutável, independente de qualquer circunstância ou evolução sociológica, por isso concordo plenamente com o autor, o verdadeiro crescimento deve vir exclusivamente do Senhor e a sua matemática algumas vezes difere a do homem.
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