Mark Dever
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Outra marca distintiva de uma igreja saudável é uma preocupação
penetrante com o crescimento da igreja - não simplesmente com o
crescimento numérico, mas com o crescimento pessoal dos membros. Algumas
pessoas pensam que alguém pode ser um "bebê em Cristo" pela vida
inteira. O crescimento é visto como um item opcional reservado para
discípulos particularmente zelosos. Entretanto, crescimento é um sinal
de vida. Árvores que crescem são árvores vivas, e animais que crescem
são animais vivos. Crescimento envolve aumento e avanço. Em muitas áreas
da nossa experiência do dia a dia, quando algo deixa de crescer, morre.
Paulo esperava que os coríntios crescessem na sua fé Cristã (2 Coríntios
10:15). Os efésios, ele esperava, cresceriam “naquele que é o Cabeça,
Cristo" (Efésios 4:15; cf. Colossenses 1:10; 2
Tessalonicenses 1:3). Pedro exortou alguns cristãos primitivos para que
desejassem "como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual,
para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação" (1 Pedro
2:2). É tentador para os pastores reduzirem suas igrejas a estatísticas
controláveis de frequência, batismos, ofertas e membresia, nas quais o
crescimento é tangível. Porém tais estatísticas ficam muito aquém do
verdadeiro crescimento que Paulo descreve e que Deus deseja.
No seu Treatise Concerning Religious Affections (Tratado Relativo
ás Afeições Religiosas), Jonathan Edwards sugeriu que o verdadeiro
crescimento no discipulado cristão não é, em última instância, mera
excitação, uso crescente de linguagem religiosa, ou o conhecimento
crescente das Escrituras. Não é nem mesmo um evidente acréscimo em
alegria ou em amor ou em interesse pela igreja. Até mesmo o aumento no
zelo e no louvor a Deus e a confiança da própria fé não são evidências
infalíveis do verdadeiro crescimento cristão. O que é então? De acordo
com Edwards, enquanto todas essas coisas podem ser evidências de um
verdadeiro crescimento cristão, o único sinal observável certo é uma
vida de santidade crescente, arraigada na abnegação cristã. A igreja
deveria ser marcada por uma preocupação vital com este tipo de piedade
crescente nas vidas de seus membros.
Como vimos na sétima marca, uma das consequências não intencionais da
negligência da igreja com a disciplina é o aumento da dificuldade em ver
discípulos crescendo. Em uma igreja indisciplinada, os exemplos não são
claros e os modelos são confusos. Nenhum jardineiro planta
intencionalmente ervas daninhas. Ervas daninhas são, por si mesmas,
indesejáveis, e elas podem ter efeitos nocivos sobre as plantas ao
redor. O plano de Deus para a igreja local não nos permite deixar que as
ervas daninhas fujam ao controle.
Boas influências em uma comunidade de crentes podem ser ferramentas nas
mãos de Deus para fazer o Seu povo crescer. Conforme o povo de Deus é
edificado e cresce unido em santidade e no amor que se doa, deveria
também melhorar sua habilidade de administrar a disciplina e encorajar o
discipulado. A igreja tem a obrigação de ser um dos meios de Deus para o
crescimento das pessoas na graça. Se, em vez disso, ela é um lugar onde
só os pensamentos do pastor são ensinados, onde Deus é questionado mais
do que adorado, onde o Evangelho é diluído e o evangelismo pervertido,
onde a membresia da igreja é tornada sem sentido, e um culto mundano à
personalidade é deixado crescer ao redor da pessoa do pastor, então
dificilmente as pessoas podem esperar encontrar uma comunidade que é
coesa ou edificante. Tal igreja certamente não glorificará a Deus.
Deus é glorificado por meio de igrejas que estão crescendo. Esse
crescimento pode se manifestar de muitas formas diferentes: pelo aumento
de pessoas chamadas para missões; por membros mais velhos que começam a
sentir um senso renovado da sua responsabilidade no evangelismo; por
meio de funerais a que os membros mais jovens da congregação comparecem
simplesmente pelo amor que têm aos membros mais velhos; pelo aumento na
oração, e pelo desejo por mais pregação; por reuniões da igreja
caracterizadas por conversações genuinamente espirituais; pelo aumento
nas ofertas, e por membros que ofertam mais sacrificialmente; por mais
membros que compartilham o evangelho com outros; por pais que
redescobrem a sua responsabilidade em educar seus filhos na fé. Esses
são apenas alguns exemplos do tipo de crescimento na igreja pelo qual os
cristãos oram e trabalham.
Quando vemos uma igreja que é composta por membros que crescem na
semelhança com Cristo quem recebe o crédito ou a glória? "O crescimento
veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que
rega, mas Deus, que dá o crescimento." (1 Coríntios 3:6b -7; cf.
Colossenses 2:19). Portanto a bênção final de Pedro para aqueles
cristãos primitivos a quem ele escreveu era uma oração expressa no
imperativo: "crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia
eterno. (2 Pedro 3:18)." Nós poderíamos pensar que nosso crescimento
traria glória para nós mesmos. Mas Pedro sabia que não era assim.
“Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que,
naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos
em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. (1 Pedro
2:12)." Ele obviamente lembrou-se das palavras de Jesus: Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras” - e certamente aqui nós pensaríamos que seria natural cair na
armadilha da auto-admiração, mas Jesus continuou - "e glorifiquem a
vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16). Trabalhar para promover o
discipulado cristão e o crescimento é outra marca de uma igreja
saudável.
Fonte: Bom Caminho Divulgação: Massoreticos
A religião que mais cresce hoje no mundo é a muçulmana, de acordo com as últimas pesquisas realizadas, e muitos ficam perplexos como pode uma religião tão radical e extremista crescer tanto? Superando até o cristianismo que prega o amor incondicional ao próximo. O grande problema do cristianismo hoje não está na sua mensagem descrita nas sagradas escrituras, que continua sendo totalmente eficaz se praticada na íntegra, mas na postura adotada por aqueles que estão professando esta fé. Se por um lado vemos o radicalismo muçulmano como um equívoco, por outro lado pior ainda é o relativismo vivido e ensinado hoje por grande parte da liderança cristã. Tudo é muito relativo, o pecado é visto por pontos de vista diferentes, sem sequer observarmos o que a bíblia diz a respeito; O santo e o profano se misturam, trazendo tanta confusão que não se sabe mais quem é quem, como por exemplo, alguém que afirma ser "evangélico (a)" e faz programas apelativos para a sensualidade, acredita em horóscopo e todos os tipos de crendices avalizados por pseudos "líderes evangélicos", que para os seus liderados a sua palavra se torna regra inquestionável. A situação chega a ser tão crítica, que temos visto pessoas se negando a serem chamadas de “evangélicas”, pois vêem este termo como uma vulgarização do cristianismo. Se uma igreja quer crescer e não inchar, ela deve ser fiel no discipulado ensinado pelo Mestre, Jesus de Nazaré. Não deve se importar com crescimento numérico apenas. Não deve querer dar uma ajudinha para Deus como já aconteceu no passado e ainda acontece hoje. Não deve tirar nem por uma vírgula daquilo que está contido na bíblia sagrada. Não deve agir baseado nas estratégias e intelecto humanos e sim debaixo da orientação e o mover sobrenatural do Espírito Santo de Deus. Enfim, não deve negligenciar em hipótese alguma o discipulado, que é a base para uma vida cristã sadia e frutífera.
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