Os Dez Mandamentos - Descobrindo a Plenitude dos Mandamentos de Deus
[ 1º ] [ 2º ] [ 3º ] [ 4º ] [ 5º ] [ 6º ] [ 7º ] [ 8º ] [ 9º ] [ 10º ]
1º - Não terás outros deuses diante de mim
Há certos aspectos do nosso relacionamento com Deus que são descritos em
termos inegavelmente jurídicos, enquanto outros são marcadamente
pessoais. A nossa justificação é uma declaração jurídica de justiça no
tribunal de Deus. A nossa adoção é a declaração jurídica de que somos de
fato filhos de Deus e, assim, temos direito a todos os benefícios que
pertencem aos seus filhos.
Fluindo desses benefícios, contudo, há aspectos do nosso relacionamento
com Deus que são lindamente tenros e relacionais. Tal é a expressão do
primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo
20.3). O preceito é estabelecido sobre o fundamento da aliança mosaica:
“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão” (v. 1-2). Essa declaração é o ponto de partida do pacto, pelo
qual Deus revela quem ele é e o que fez pelo seu povo pactual. Desse
indicativo fluem todos os imperativos dos Dez Mandamentos e, assim, Deus
revela o qual o significa dele ser o nosso Deus e sermos o seu povo.
Essa é a estrutura do pacto e a lente pela qual nós devemos entender a
nossa obediência aos preceitos divinos.
A graça de Deus é o fundamento necessário da nossa obediência. Ele é o
Deus que guarda a aliança e que fez promessas a Abraão, Isaque e Jacó,
como o nome pactual SENHOR (Javé) significa. Ele é também o
Deus criador que, sozinho, fez os céus e a terra, como o nome Deus
significa. Em particular, ele é o Deus do êxodo, o Deus que não se
esqueceu de suas promessas ao seu povo pactual. Na plenitude do tempo
prometido a Abraão, ele voltou-se para o seu povo para executar toda a
sua palavra redentiva e libertá-lo da escravidão física e espiritual.
Ele fez isso por meio da obra do seu servo Moisés, o qual anunciou e
mediou a palavra do Deus vivo a Israel, enquanto eles permaneciam
tremendo ao pé do Monte Sinai, temendo a santidade daquele que tão
graciosamente os havia resgatado.
É uma realidade assombrosa que Israel desfrutasse de um relacionamento
tão mesclado com Deus. De um lado, Deus os tirou do Egito para que
pudessem guardar os próprios preceitos que ele lhes deu, começando com o
primeiro mandamento – não ter outros deuses diante de Javé. Ao mesmo
tempo, a pecaminosidade dos seus corações era exposta pelos mandamentos
que o Senhor lhes deu. Os preceitos demandavam não apenas uma obediência
externa, mas também uma obediência do coração. Apenas Deus é digno do
amor e da adoração deles. Nenhum outro deus os havia salvado; nenhum
outro deus poderia sustentá-los; e com nenhum outro deus o Pastor de
Israel dividiria a afeição e a lealdade deles.
O primeiro mandamento é frequentemente repetido no relacionamento
pactual entre o Senhor e Israel. Deus frequentemente os lembrava de quem
ele é, do que ele fez por eles e de que eles não deveriam permitir que
falsos deuses se colocassem entre ele e o seu povo. Como Deus se
descreve em Oséias, ele havia se casado com Israel e era um marido
perfeitamente fiel à sua esposa; o que ele esperava dela era o amor e a
fidelidade do coração, da alma e da força (Deuteronômio 6.5).
Infelizmente, apenas afirmar e reafirmar as suas expectativas não
despertou o amor e a fidelidade que Deus desejava de Israel. Com o
tempo, o coração de Israel, espelhando o nosso próprio, ansiou por
outros deuses e se apartou dos preceitos da aliança. Deus teria de fazer
algo radical, algo invasivo, algo que o seu povo não poderia fazer por
si mesmo, a fim de libertá-los e nos libertar da infidelidade dos nossos
corações. Em síntese, outro êxodo precisaria ocorrer, trazendo uma
superior salvação.
O primeiro mandamento é frequentemente repetido no relacionamento
pactual entre o Senhor e Israel. Deus frequentemente os lembrava de quem
ele é, do que ele fez por eles e de que eles não deveriam permitir que
falsos deuses se colocassem entre ele e o seu povo. Como Deus se
descreve em Oséias, ele havia se casado com Israel e era um marido
perfeitamente fiel à sua esposa; o que ele esperava dela era o amor e a
fidelidade do coração, da alma e da força (Deuteronômio 6.5).
Infelizmente, apenas afirmar e reafirmar as suas expectativas não
despertou o amor e a fidelidade que Deus desejava de Israel. Com o
tempo, o coração de Israel, espelhando o nosso próprio, ansiou por
outros deuses e se apartou dos preceitos da aliança. Deus teria de fazer
algo radical, algo invasivo, algo que o seu povo não poderia fazer por
si mesmo, a fim de libertá-los e nos libertar da infidelidade dos nossos
corações. Em síntese, outro êxodo precisaria ocorrer, trazendo uma
superior salvação.
Como diz o velho hino, nossos corações são “inclinados a se desviarem
[…] inclinados a abandonarem o Deus a quem amamos”. Dia após dia,
precisamos ser lembrados do infalível amor de Deus por nós em Cristo.
Também precisamos andar em novidade de vida, em amorosa obediência a
Deus, dando-lhe a primazia em nossos corações. Nós somos a igreja de
Cristo e, nele, fomos lavados, remidos e amados. Nós amamos e obedecemos
seus preceitos porque, parafraseando outro hino, “dos céus ele desceu e
nos buscou para fazer-nos sua noiva santa; com o seu próprio sangue ele
nos comprou e por nossa vida ele morreu”.
Fonte: Voltemos ao Evangelho
Nenhum comentário:
Postar um comentário