19 de setembro de 2013

Análise dos Livros da Bíblia - Daniel

Um companheiro do livro de Apocalipse.

AUTOR
Daniel, como Ezequiel, esteve cativo em Babilônia. Foi trazido perante o rei Nabucodonosor em sua juventude e instruído na língua e nas ciências babilônicas (caldaicas), cap. 1.17-18.

SUA VIDA é similar à de José __ foi elevado ao cargo mais alto no reino (2.48), manteve sua vida espiritual em meio a uma corte pagã, cap. 6.10.

TEMA PRINCIPAL
A soberania de Deus sobre os assuntos dos homens em todas as épocas. As confissões do rei pagão deste fato constituem os versículos chaves deste livro, cap. 2.47; 4.37; 6.26.

SEÇÃO I
É principalmente uma narrativa biográfica pessoal e uma história local. Contém eventos comovedores e incomparáveis de intervenções divinas no Antigo Testamento. O livro se refere a seis conflitos morais nos quais participaram Daniel e seus companheiros.

Primeiro Conflito - Entre a intemperança pagã e a abstinência escrupulosa a bem da saúde. A abstinência obtém a vitória, cap. 1.8-15;

Segundo Conflito - Entre a magia pagã e a sabedoria celestial na interpretação de sonhos. A sabedoria divina obtém a vitória, cap. 2.1-47;

Terceiro Conflito - A idolatria pagã confrontada pela lealdade a Deus. A lealdade a Deus obtém a vitória, cap. 3.1-30;

Quarto Conflito - O orgulho de um rei pagão confrontado pela soberania divina. Deus é vencedor __ O rei foi lançado fora a comer erva, cap. 4.4-37;

Quinto Conflito - O grande sacrilégio contra as coisas sagradas. A reverência obtém a vitória __ a escritura na parede. Belsazar é destronado, cap. 5.1-30; e

Sexto Conflito - Entre o complô perverso e a providência de Deus para com os seus santos. A providência obtém a vitória __ Deus fecha a boca dos leões, cap. 6.1-28.

SEÇÃO II
Visões e profecias que relatam como a poderosa mão de Deus muda o cenário no panorama da história, caps. 7-12.

INTERPRETAÇÃO
O livro de Daniel é companheiro do livro de Apocalipse; ambos contêm muita linguagem figurada de difícil interpretação.

A intenção de adaptar as profecias de Daniel e Apocalipse aos fatos da história humana tem produzido ilimitado conflito de opiniões. 

A verdadeira interpretação dos detalhes das visões nem sempre é clara.

Dois fatos são geralmente reconhecidos pela maioria dos Eruditos:
I - As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da história secular e sagrada; e
II - As visões assinalam o triunfo final do reino de Deus sobre todos os poderes satânicos e do mundo.

No capítulo sete muitos comentaristas veem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, cap. 7.1-7, seguidos por uma visão do Messias que vem.

No capítulo oito aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta.

O capítulo nove contém a oração de Daniel e uma profecia velada do tempo da vinda do Messias.

Os capítulos dez, onze e doze contêm predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros. 
Estes três capítulos têm sido campo de batalha de controvérsia teológica com muitas e variadas interpretações.

PORÇÕES SELETAS
  1. O propósito de Daniel, cap. 1.8;
  2. A pedra do monte, cap. 2.44-45;
  3. A resposta dos três jovens hebreus, cap. 3.16-18;
  4. A festa de Belsazar, cap. 5;
  5. Daniel na cova dos leões, cap. 6.1-24;
  6. A visão do juízo, cap. 7.9-14; e
  7. A promessa aos ganhadores de almas, cap. 12.3.
Fonte: Bíblia de Referência Thompson

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